quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Procópio do Ogum

 
Procópio Xavier de Souza, Procópio d'Ogum , foi iniciado por Marcolina da Cidade de Palha. Há poucas informações sobre ela. Sabe-se que era da nação ketu e da mesma geração de Pulchéria (Gantois). Jornais da época já a tratavam por Marcolina da Cidade de Palha (2º distrito de Santo Antônio), conforme notícia policial do Diário de Notícias de 09 de maio de 1905. O número de iniciadas, além da famosa feijoada anual oferecida a Ogum - patrono do terreiro -, que mais tarde ficou conhecida como "feijão do Procópio", bastante contribuiram para o recohecimento do terreiro. Donald Pierson, cita mesmo uma festa com 208 es-
pectadores no interior da casa, e aproximadamente outros duzentos "que movimentavam-se do lado de fora do barracão". (Cf: Pierson, Donald. Brancos e Prêtos na Bahia , São Paulo: Companhia Editora Nacional. 2 ed., 1971:325).

Outro fator fundamental para o seu reconhecimento foi o fato de ter participado da legitimação da religião dos orixás (do candomblé), durante a perseguição às religiões afro-brasileiras promovida pelas autoridades do Estado Novo. Nesse período, o Ilê Ogunjá foi invadido pela polícia baiana, sob a supervisão do famoso delegado Pedrito Gordo. Procópio foi preso e espancado. O jornalista Antônio Monteiro foi uma das pessoas que ajudou na libertação de Procópio. Tal acontecimento - caso Pedrito - registrou o nome de Procópio na história popular baiana, chegando mesmo a fazer parte de uma letra de samba-de-roda:

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